sábado, 4 de maio de 2013

[Notícia O globo ]

Fonte:  O globo    Aqui !



IO — Há cinco anos na estrada, os meninos da Restart estão ansiosos como se ainda fossem iniciantes. Neste domingo (5), eles farão o primeiro show da turnê 2013, em São Paulo, no HSBC Brasil, e, lá, apresentarão três músicas do novo repertório: a animada “Cara de santa”, a balada “Renascer”, com direito a arranjo de cordas e piano, e “Fim do mundo”, com uma pegada eletrônica.
— Esse show vai iniciar uma nova fase para a banda. Vamos tocar essas três músicas novas pela primeira vez, então está dando um baita frio na barriga — diz o vocalista e guitarrista Pe Lu, contando que, pela primeira vez, a banda paulistana teve dificuldade para selecionar o repertório. — Já são quatro CDs e muitos singles. Foi duro ter que deixar algumas músicas de fora. Ao mesmo tempo, é bacana olhar para trás e ver que estamos construindo uma história.



Há mais de um ano a Restart não entrava em estúdio para gravar material novo, e Pe Lu garante que a leva recente de canções está bem diferente do que os fãs ouviram no último álbum de inéditas, “Geração Z”, lançado em 2011.
O single “Cara de santa” já dá uma dica. Com uma sonoridade dançante, a faixa parece ter saído do repertório da boyband One Direction. E a letra é do tipo atrevida: “Apaguei a luz e ela disse não/ Me mandou embora, me deixou na mão”, diz um dos versos.
— Quisemos explorar uma temática que antes não podíamos, porque nosso público era muito novo. A ideia foi mesmo trazer um pouco de malícia na letra — afirma o vocalista, hoje, com 22 anos, antes de completar, rindo: — Afinal, nós crescemos. Estamos até barbudos!
Apesar da clara mudança no som da Restart, Le Pu avisa que a intenção dos músicos não é “forçar uma barra” para mostrar que não são mais adolescentes:
— Não precisamos sair por aí gritando “Olha, estamos mais velhos! Olha, não somos mais virgens!” para convencer as pessoas de que crescemos. O amadurecimento é natural.
“A cultura do CD não faz mais parte dessa geração”
Os fãs que anseiam por colocar as mãos em um novo CD, porém, terão que esperar um pouco mais. A ideia, segundo o guitarrista, é lançar singles em intervalos regulares.
— Quando tivermos uns 10 ou 12, aí sim, vamos juntá-los em um álbum — diz.
A decisão de adotar essa estratégia surgiu de uma análise do mercado, feita pelos próprios músicos da geração z.
— A velocidade de consumo está tão alta que, quando você lança um álbum novo, daqui a uma semana ele já parece velho — observa Pe Lu. — A cultura do CD não faz mais parte dessa geração. Vejo isso no meu sobrinho de 10 anos. Ele não tem paciência para ouvir 10 músicas seguidas de um mesmo artista. Ele troca de Justin Bieber para One Direction para Charlie Brown... Insistir no formato clássico de lançamento seria ir contra a maré.
O CD ainda pode demorar, mas o grupo promete que o novo show logo, logo passará pelo Rio.



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